terça-feira, 19 de agosto de 2008

Doce mãezinha


Amiga Vani,

Após diversas lutas... tentativas... tratamentos e orações ... surge um TIC-TAC que ecoa o número 70 MUI/ml no coração da mamãe Vani, som este oriundo da brava luta de fortes e maravilhosos sorvetinhos que, após o sopro da vida, prometem alegrar bastante a vida da mamãe e de todos os seus familiares.
Papai do Céu, que este número aumente... e muito nos próximos dias!!!
Neste momento, o calor do ventre materno aquece e embala “o” ou “os” pequenino(s) que estã(o) bem quentinho(s) grudado(s) na barriga da mais nova mamãe do blog e espera(m) continuar lá até o dia em que verã(o) o rosto da doce mãezinha, que já o(s) ama muito, mas muito tempo antes de sere(m) concebido(s).

Parabéns doce mãezinha !!!!!
Eis que espera o seu presente enviado por Deus!!!
Vc está grávida amiga!!!
As tristezas ficaram para trás... agora, só as preocupações de uma futura mamãe.
Que Deus possa te proteger neste ofício tão grandioso que é ser mãe.

Beijos e abraços de todas as amigas do blog.

Lus


Ser Mãe

Ser mãe é desdobrar fibra por fibra
o coração! Ser mãe é ter no alheio
lábio que suga, o pedestal do seio,
onde a vida, onde o amor, cantando, vibra.

Ser mãe é ser um anjo que se libra
sobre um berço dormindo! É ser anseio,
é ser temeridade, é ser receio,
é ser força que os males equilibra!

Todo o bem que a mãe goza é bem do filho,
espelho em que se mira afortunada,
Luz que lhe põe nos olhos novo brilho!

Ser mãe é andar chorando num sorriso!
Ser mãe é ter um mundo e não ter nada!
Ser mãe é padecer num paraíso!

Por: Coelho Neto

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Quindim na Portaria.

Queridas amigas,
Meus dias estão muito corridos com os preparativos das férias. Mesmo com toda a agitação eu não poderia deixá-las sem um novo post. Então optei por colocar esse texto da Martha Medeiros. Ela discute questões como saudade, respeito, proximidade... e mostra como podemos ficar juntos mesmo estando distantes.
Boa leitura e boa reflexão.
Muitos beijos e quindins pra todas!!!
Fiquem com Deus.
Alice


Estava lendo o novo livro do Paulo Hecker Filho, Fidelidades, onde, numa de suas prosas poéticas, ele conta que, antigamente, deixava bilhetes, livros e quindins na portaria do prédio do Mario Quintana: “Para estar ao lado sem pesar com a presença”.
Há outras histórias e poemas interessantes no livro, mas me detive nesta frase porque o não pesar os outros com nossa presença é um raro estalo de sensibilidade.
Para a maioria das pessoas, isso que chamo de um raro estalo de sensibilidade tem outro nome: frescura.
Afinal, todo mundo gosta de carinho, todo mundo quer ser visitado, ninguém pesa com sua presença num mundo já tão individualista e solitário.
Ah, pesa!
Até mesmo uma relação íntima exige certos cuidados.
Eu bato na porta antes de entrar no quarto das minhas filhas e na de meu próprio quarto, se sei que está ocupado.
Eu pergunto para minha mãe se ela está livre antes de prosseguir com uma conversa por telefone.
Não faço visitas inesperadas a ninguém, a não ser em caso de urgência, mas até minhas urgências tive a sorte de que fossem delicadas.
Pessoas não ficam sentadas em seus sofás aguardando a chegada do Messias, o que dirá a do vizinho.
Pessoas estão jantando. Estão preocupadas.
Pessoas estão com o seu blusão preferido, aquele meio sujo e rasgado, que elas só usam quando ninguém está vendo.
Pessoas estão chorando.
Pessoas estão assistindo a seu programa de tevê favorito.
Pessoas estão se amando.
Avise que está a caminho.
Frescura, jura?
Então tá, frescura, que seja.
Adoro e-mails justamente porque são sempre bem-vindos, e posso retribuí-los sabendo que nada interromperei do lado de lá.
Sem falar que encurtam o caminho para a intimidade.
Dizemos pelo computador coisas que face a face seriam mais trabalhosas.
Por não ser ao vivo, perde o caráter afetivo?
Nem se discute que o encontro é sagrado.
Mas é possível estar ao lado de quem a gente gosta por outros meios.
Quando leio um livro indicado por uma amiga, fico mais próxima dela.
Quando mando flores, vou junto com o cartão.
Já visitei um pequeno lugarejo só para sentir o impacto que uma pessoa querida havia sentido, anos antes. Também é estar junto.
Sendo assim, bilhetes, e-mails, livros e quindins na portaria não é distância: é só um outro tipo de abraço.
(Texto de Martha Medeiros)